Foi a primeira morte causada pelo vírus da influenza A (H1N1) em São Paulo e a segunda no país. A primeira morte confirmada no Brasil ocorreu no mês passado em Erechim (RS). A vítima foi um caminhoneiro de 29 anos que havia trabalhado na Argentina.
Segundo a Secretaria de Saúde, a menina faleceu no dia 30 de junho, cerca de seis horas após dar entrada na emergência de um hospital particular. Ela apresentou os primeiros sinais da doença no dia 28 de junho. O secretário Luiz Roberto Barradas Barada destacou como principais sintomas dores abdominais "muito fortes" e vômitos. Ela também tinha febre. No dia seguinte, apresentou febre de 39 graus, tosse, dores no corpo e vômitos.
De acordo com Barradas Barata, a morte ocorreu por septicemia - infecção generalizada - causada pela bactéria pneumococo (Streptococcus pneumoniae). A gripe baixou a resistência imunológica, levando ao quadro de choque séptico.
Barradas Barata contou que o caso da menina foi descoberto depois que o irmão, de 7 anos, apresentou sintomas durante o velório dela, levantando suspeitas da família. Ele foi levado ao hospital Emílio Ribas, onde foi constatada a contaminação.
A infecção pela nova gripe também foi confirmada na mãe, de 40 anos, e no pai, de 57. O garoto e a mãe passam bem, já tiveram alta e estão em isolamento domiciliar.
O pai permanece internado no Hospital Emílio Ribas. Hipertenso, está com um leve desconforto respiratório, mas passa bem.
Outro menino que manteve contato com a família também contraiu a nova gripe, mas passa bem. Osasco registra seis casos confirmados da nova gripe.
O estado de São Paulo tem 457 ocorrências confirmadas. Do número total, cinco pacientes permanecem internados. Dois deles, ambos adultos, em UTI (um na capital e outro no interior).
Exceção
De acordo com o secretário, ninguém da família relata que viajou para o exterior ou teve contato com pessoas que saíram do país.
"O caso foi uma exceção excepcionalíssima", ponderou. "Os pais não devem ficar preocupados. A Secretaria está investigando qualquer morte que envolva problemas respiratórios para saber se é caso de nova gripe", disse Barradas Barata.
O secretário ressalta que foi feito tudo para evitar a morte da menina, que considera "uma fatalidade". Existe a hipótese de que uma hantavirose na infância tenha enfraquecido o sistema imunológico da menina, mas os especialistas aguardam o resultado dos exames das vísceras para determinar o que contribuiu para a morte dela.
Os nomes da menina, de seus familiares e do hospital em que ela foi atendida não são divulgados pela Secretaria, que adota uma política de preservação da privacidade dos afetados pela doença.
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