14 junho, 2010

Com economia aquecida e Copa, Globo deve crescer 40%

Lance de Alemanha x Austrália, disputado ontem na África do Sul (Foto: Robert Cianflone/Getty Images)

Lance de Alemanha x Austrália, disputado ontem na África do Sul (Foto: Robert Cianflone/Getty Images)

As redes de TV vão sentir saudades do semestre que termina no próximo dia 30. Não pelas audiências, que, no geral, estão em queda, mas pelas receitas publicitárias.

Todas as TVs abertas devem fechar o primeiro semestre de 2010 com crescimentos comerciais superiores a 25% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.

A alta mais impressionante é a da Globo. A rede líder deve elevar suas receitas em 40% no semestre. Isso é totalmente fora do parâmetro da emissora. Historicamente, quando a Globo cresce muito em um semestre, cresce 10%, 12%.

Se atingir a expectativa de seu departamento comercial, a Globo encerrará o primeiro semestre de 2010 com um faturamento de R$ 4,9 bilhões, um recorde absoluto. A expectativa inicial da Globo era crescer 30% no semestre.

O crescimento de todas as redes se deve ao bom momento pelo qual passa a economia brasileira. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 9% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2009, e 2,7% em comparação com o último trimestre do ano passado.

Outro fator que pesa no crescimento foi o fraco desempenho das redes (e da economia) no primeiro semestre de 2009, inferior a 5%.

No caso específico da Globo (e também da Band), tem grande peso na alta das receitas a Copa do Mundo, que estimula o consumo e o lançamento de campanhas publicitárias. Mas só a Copa não seria sufiente para tamanho crescimento. A novela Passione, por exemplo, já teve ações de merchandising em seu capítulo de estreia. Em épocas de vacas magras, merchandising só entra em novela após o capítulo 40.

Record

A Record, segundo Walter Zagari, vice-presidente comercial, deve fechar o primeiro semestre com um crescimento também espetacular, de 50% sobre o mesmo período de 2009. “Não me lembro de um crescimento assim”, afirma o executivo.

Segundo Zagari, o ritmo deve cair no segundo semestre, por causa das eleições. Na média do ano, o crescimento das TVs deve ficar em 20%, diz.

Procurados os departamentos comerciais do SBT e da Band, mas eles não se manifestaram.

Daniel Castro - R7

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