15 outubro, 2009

‘A novela é minha e conto como quiser’, diz autor de “Viver a Vida” sobre as críticas da novela

A novela “Viver a Vida”, de Manoel Carlos, tem sido criticada por telespectadores e jornalistas, que reclamam que sua trama “ainda não começou pra valer”, apesar de já estar há um mês no ar, veja abaixo o que o autor da novela acha sobre as críticas á trama :

“A novela começou no primeiro capítulo. Acontece que foi amplamente divulgado que a Luciana [Alinne Moraes] sofreria um acidente e ficaria tetraplégica, o que daria uma virada na história. A partir de então, desde o primeiro capítulo, a mídia espera que isso aconteça. E uma parte do público, por estar informado desse acidente, também. O que eu podia fazer? Nada.
Tenho várias histórias para contar e estou contando todas elas. Aceito que essas pessoas (e a mídia) fiquem impacientes e ansiosos, aguardando o acidente que deixará Luciana numa cadeira-de-rodas, mas a novela é minha e eu conto do jeito que quiser e no tempo que eu quiser. Espero que todos aguardem. Afinal, a audiência é boa e com o acidente, diante dessa expectativa que existe, ainda deve melhorar muito”.
O acidente que deixará Luciana tetraplégica acontecerá no trigésimo capítulo. Segundo Manoel Carlos, não poderia ser antes.
“Para fazer com que a Luciana sofra o acidente e isso cause um grande impacto emocional, não apenas nas personagens, mas no público, considerei de grande importância explorar a ambição dela em ser uma estrela das passarelas, concorrendo com a Helena (Taís Araújo). Que ela desse
demonstrações de valorizar o corpo antes de qualquer coisa. E que o público, sabendo que tudo isso vai se perder, com a tetraplegia, passasse a lamentar e a sofrer com a paralisia e a perda de função das pernas. Ela diz, por exemplo, que quer voltar a fazer ballet. Faz exercicios de barra em seu quarto. É vaidosa. Isso tudo precisava ficar sedimentado para que a perda fosse muito grande e dolorosa. Isso só se consegue mostrando essa trajetória. Não acho muito 30 capítulos, se temos pela frente, depois do acidente, mais 180!”

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