12 agosto, 2009

RESIDENTES DO MAL: Jill é atacada por corvos sedentos de sangue


(Capítulo 18) Jill é atacada por corvos sedentos de sangue

CAW!
Jill apontou a arma na direção do som, o triste grito ecoando por todo o lugar enquanto a porta se fechava. Aí ela viu a origem do barulho e relaxou, sorrindo.
“Mas que diabos vocês estão fazendo aqui??”
Ela ainda estava na parte de trás da casa, e decidiu, checar as poucas salas antes de voltar para o hall principal. A primeira porta que ela tentou estava trancada, a entalhação de um capacete na fechadura. Seus lockpicks foram inúteis. Então ela foi ver a porta do outro lado, que abriu facilmente. Ela entrou preparada para tudo, só não esperava ver um monte de corvos, espalhados numa barra de suporte ao longo da sala.
Os pássaros negros soltaram outro de seus irritantes gritos, e Jill tremeu. Haviam dúzias deles, batendo as asas enquanto ela procurava ameaças na sala.
A sala em forma de U a qual entrou fria com o resto da casa, e não tinha móveis. Era uma galeria, nada além de retratos e pinturas alinhadas na parede central. Penas escuras espalhadas pelo vasto chão de madeira. Jill imaginou como eles entraram lá e a quanto tempo. Suas aparências eram estranhas; eles pareciam maiores que do que o normal, e a estudavam com um olhar quase sobrenatural.
Jill tremeu de novo, voltando para a porta. Não tinha nada de importante lá. Reparando nos retratos, ela percebeu que haviam botões sob as molduras, ela presumiu serem os interruptores das luzes, apesar de não entender por que alguém se incomodaria em fazer tal galeria para tão medíocre arte. Um bebê, um jovem homem...as pinturas eram horríveis, mas não exatamente inspiradas.
Ao tocar a fria maçaneta, ela franziu. Havia um pequeno painel ao nível do olho à direita da porta rotulado “luzes”. Ela apertou um dos botões e uma única luz se apagou. Os pássaros desaprovaram, batendo as asas, e Jill ligou novamente, pensando.
“Se esses botões são das luzes, para que aqueles controles debaixo dos quadros?”
A sala era mais do que ela pensava. Jill foi para a primeira pintura em frente a porta, uma grande quadro com anjos voando e nuvens iluminadas pelos raios do sol. O título era, “ Do berço ao túmulo”. Não tinha botão sob ele e Jill foi para o próximo. Era o retrato de um homem de meia idade de vida ao lado de uma elaborada lareira. Tinha um simples botão on/off sob a moldura, sem nome. Jill o pôs da esquerda para a direita e ouviu um som elétrico, e atrás dele os corvos explodiram numa gritaria. Tudo o que ela ouviu foram os gritos e o bater de asas enquanto pulavam em cima dela.
Jill correu, a porta parecendo estar a um milhão de quilômetros de distância, seu coração pulando. O primeiro pássaro a alcançou enquanto tocava a maçaneta, seu bico encontrando a macia pele da parte de trás do pescoço dela. Houve uma aguda dor atrás de sua orelha direita e Jill bateu nas agitadas asas que esfregavam suas bochechas, gritando enquanto furiosos berros a envolviam.
Ela se debateu e o corvo a soltou, indo embora.
“São muitos! FORA!FORA!FORA!.....

Continua...

Catiego Mariano Antunes

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