02 maio, 2009

Atriz vai de irmã de Deborah Secco na Globo a amiga de "feia" na Record


Escalada para o novo folhetim da Record, "Bela, A Feia", Roberta Gualda conta que ainda está "tateando" em busca de Luiza, a "apagadinha"melhor amiga da protagonista Bela - mas já avisa que o público pode se surpreender com a personagem. "A Luzia é mais forte do que aparenta, a princípio. Ela é subalterna e acaba levando uns foras, mas nunca abaixa a cabeça", observa a atriz, que adianta que a jovem vai trabalhar no almoxarifado da produtora de eventos ao redor de onde vai girar a trama.Prevista para começarem em maio, as gravações vão exigir uma mudança física de Roberta. Os longos cabelos castanhos da atriz serão cortados e ela ainda vai alisar os cachos. Além disso, o figurino vai reforçar a imagem de "sem-graça" da personagem abusando dos tons pastéis. "Para as pessoas da produtora, que é focada no glamour, Luzia é quase transparente. Mas o lado humano dela vai transformá-la em uma peça fundamental da trama", valoriza.Produzida originalmente pela emissora colombiana RCN, o folhetim ganhou espaço no Brasil em 2002, quando foi exibida - dublada - pela Rede TV!, com o nome de "Betty, A Feia". O sucesso da trama levou a atriz mexicana Salma Hayek a produzir uma versão em série, lançada nos Estados Unidos em 2006 e batizada de "Ugly Betty", atualmente exibida pelo SBT. Para Roberta, a boa repercussão em diversos países é um bom indicativo da recepção que a novela pode alcançar. "Justamente pelo sucesso das outras versões, acredito que 'Bela, A Feia' também vai ser um sucesso", acredita Roberta, dizendo que a trama vai ter um tipo de humor parecido com o da versão americana.A oportunidade de trabalhar na novela veio pelo convite do próprio diretor, Edson Spinello, com quem Roberta já havia trabalhado no teatro."Assim que começamos a trabalhar juntos já senti a afinidade. Estou ansiosa para voltar a encontrar com ele no estúdio", diz empolgada. Ela também se anima ao contar que o convite veio na hora certa, já que seu objetivo é emendar trabalhos na tevê. "Quero conseguir pegar um ritmo, inclusive pela questão financeira", confessa a atriz, que conseguiu a estabilidade com seu contrato na Record, que vai até 2012.Antes de assinar com a nova emissora, Roberta ficou na Globo por cerca de dez anos. Lá, seu último trabalho foi a humilde Greice, de "A Favorita", e que ela considera um de seus papéis de maior destaque. Na trama de João Emanuel Carneiro sua personagem vinha do interior de São Paulo para sofrer algumas injustiças na cidade grande, inclusive ser traída pelo namorado Damião, de Malvino Salvador. "Muitas pessoas me paravam na rua, solidárias ao que estava acontecendo com a Greice. O papel teve muita repercussão", avalia.Mas o papel de mais destaque de Roberta foi mesmo a ressentida Paulinha de "Mulheres Apaixonadas". A personagem da trama de Manoel Carlos gerou tanta polêmica com seus maus-tratos ao pai, porteiro de um prédio no Leblon, que cresceu durante o folhetim. Apesar da grande repercussão, Roberta precisou de uma ajuda a mais para sustentar o papel. "Na época, eu fazia análise e acredito que isso me ajudou a transitar entre esses sentimentos tão negativos", confessa a atriz sobre seu primeiro trabalho na tevê.Roberta se interessou por atuar aos 14 anos por intermédio de uma tia que estudava teatro no Tablado, escola de artes dramáticas do Rio de Janeiro. A atriz chegou a fazer três anos do curso, quando resolveu que prestar vestibular seria a opção mais segura. "Tinha medo da instabilidade da carreira. Entrei em crise e acabei fazendo vestibular para Direito", lembra. Ela concluiu os estudos na faculdade, mas antes de se formar já havia percebido que sua vocação era realmente atuar. "Não tive como fugir, essa sempre foi a minha vontade e é isso que quero fazer para o resto da minha vida", garante.

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