16 fevereiro, 2009

Lillian Witte Fibe deixa "Roda Viva" por divergências com direção da TV Cultura


À frente do "Roda Viva" desde 9 de junho de 2008, a jornalista Lillian Witte Fibe vai deixar a atração da TV Cultura. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo no último domingo (15), ela informou que tomou a decisão por estar insatisfeita com a direção do programa.
Segundo Lillian, mudanças combinadas por ela com Paulo Markun, diretor-presidente da Fundação Padre Anchieta, não ocorreram. "Tínhamos combinado que melhoraríamos o quadro de entrevistados. Aquela cadeira é muito especial e não podemos banalizá-la com personagens sem muita relevância para o telespectador", declarou.
Questionada sobre uma suposta restrição editorial do governo do Estado - que sustenta parte do orçamento da TV - a jornalista afirmou que se houve, não foi informada. "Acho que foi falha da direção do programa mesmo. O cardápio tem de ser variado e tivemos excelentes entrevistas, com Fernando Meirelles, Wagner Moura, a diretora da BBC, Jana Bennett, a Maurren Maggi... Mas, para uma época de depressão mundial, mal abordamos economia", disse.
Ela teria, de acordo com o Estadão, sugerido várias entrevistas que não foram acatadas, como "o Mantega (ministro da Fazenda), o Sarkozy (presidente da França), que estava aí dando a maior sopa, a Ingrid Betancourt (ex-refém das Farc). Não quero ter poder de decisão, mas sinto que a direção não gostou das minhas sugestões".

Separação amigável

Nesta segunda-feira (16), Lillian e Markun tiveram uma reunião e decidiram, em comum acordo, sua saída da função de apresentadora do programa "Roda Viva" e da TV Cultura. Ao Portal IMPRENSA, a jornalista afirmou que não tem problemas pendentes com a emissora, pois não chegou a assinar contrato nenhum.
"Quando manifestei preocupações sobre a qualidade dos entrevistados, preferi esperar para assinar o contrato. Como não aconteceu, não tenho nada para resolver", afirmou. Ela explicou que não tem nenhum plano para ir para outra TV, mas "nunca fico parada, sou muito requisitada para palestras e eventos".
Em nota, a Cultura ainda agradeceu "à respeitada profissional pela dedicação e competência que demonstrou no 'Roda Viva' durante os oito meses em que esteve à sua frente e lhe deseja todo sucesso em seus novos caminhos profissionais".

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