Os evangélicos reclamam que são ignorados e marginalizados pela Rede Globo em quase todas as suas produções.
Seja de forma explícita como ocorreu na Novela “Duas Caras”. De forma velada, como faz em suas reportagens sobre igrejas e pastores, ou ignorados, como fazem em relação a importantes eventos que mobilizam e reúnem milhões de pessoas.
Na novela “Duas Caras”, a Globo mostrou uma personagem evangélica totalmente estereotipada, violenta, com uma faca em punho disposta a tudo, numa atitude de ameaça pública e fanatismo generalizado.
Nas reportagens, é comum verificar-se o tom fúnebre do âncora ao mencionar o nome de uma igreja evangélica ou o nome de um de seus líderes.
Embora as expressões sejam teatrais, fica nítido para qualquer pessoa com um pouco de esclarecimento, a orientação por trás das caretas e sinais emitidos em contra ponto com a notícia.
Ignorar grandes eventos evangélicos que reuniram milhões de pessoas sempre foi uma prática da emissora líder.
Recentemente a Globo tem cedido nessa área e tem anunciado alguns grandes eventos em programação local. Mesmo eventos maiores como o caso da “Marcha para Jesus” foi anunciado em rede nacional.
Percebe-se uma pequena mudança de estratégia da Globo. Uma tentativa de dividir os evangélicos entre os bons e os maus.
Essa mudança foi notada no último ataque articulado pela Globo contra a Rede Record.
Algumas semanas antes do ataque, a Globo preparou uma série especial no Jornal Nacional sobre os evangélicos no Brasil.
Willian Bonner e Fátima Bernardes com sorrisos estampados e ar de bons amigos, falavam das igrejas evangélicas e seus feitos memoráveis para o nosso país.
Citaram as escolas Adventistas e Batistas, Makenzie dos presbiterianos, obras sociais das Assembléias de Deus, e nosso Vice Presidente José Alencar, um evangélico ilustre.
Mas… para os mais observadores e conhecedores desse meio, ficou clara a ausência das Igrejas Neopentecostais, que reúnem alguns milhões de seguidores no Brasil.
Leia-se: Igreja Renascer em Cristo, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Mundial do Poder de Deus, e claro, a Igreja Universal do Reino de Deus.
Mas, o que os neopentecostais tem de diferente em relação aos demais evangélicos que incomodam tanto a Globo?
Bem, eu posso citar as mais importantes:
1 – Crêem na riqueza material como uma dádiva de Deus e não como um problema;
2 – Crêem na Cura e nos Milagres para os dias de hoje e não somente no passado;
3 – Crêem que devem Pregar o evangelho não somente em seus templos fechados, mais publicamente e através dos meios de comunicação;
4 – Crêem que devem priorizar os Investimentos em veículos de comunicação de Massa;
5 – Tem postura combativa em relação à perseguição religiosa.
Acho que essas 5 diferenças entre os neopentecostais e os evangélicos tradicionais e pentecostais, são suficientes para indicar o motivo pela qual a Globo jamais acenaria a bandeira branca para eles.
A Igreja Renascer em Cristo tem uma Rede de TV UHF, a TV Gospel. Poucas semanas antes da prisão de seus líderes nos Estados Unidos, haviam inaugurado uma Antena de TV na Avenida Paulista no valor de R$ 30 mi.
Com a prisão dos líderes da Renascer, o Ministro Hélio Costa cancelou a concessão e o projeto de montar uma Rede de TV aberta e o projeto teve que ser adiado.
A Igreja Internacional da graça de Deus é dona da RIT TV – com sinal a cabo. A Igreja mantém programas em horários nobre em diversas redes de TV pelo Brasil e com transmissão para outros paises inclusive.
Mas recente, o Bispo Valdomiro Santiago é um fenômeno entre os evangélicos e sua igreja cresce de forma espantosa, com programas em vários horários e em vários canais.
Já a Universal dispensa maiores apresentações.
O Grupo Record foi transformado numa rede comercial forte, capaz de resistir aos ataques da Rede Globo, mudando o curso inicial de sua programação evangélica, para uma programação capaz de enfrentar a inimiga Globo.
Antes desse pessoal, os evangélicos eram ridicularizados pela Globo sem qualquer reação. As igrejas eram tímidas e jamais revidavam.
Exemplo disso é a novela “Selva de Pedra” exibida em 1973. Um dos personagens representava um evangélico que tocava um “bumbo gigante”, uma espécie de tambor pendurado no pescoço, um desequilibrado moral e péssimo pai.
Sou contra qualquer tipo de guerra!
Não vejo sentido nesse tipo de atitude! Acho que os ataques da Globo causaram uma reação inesperada que atingiu em cheio a sua credibilidade.
É importante que todos sejam respeitados nos seus direitos, garantidos pela constituição brasileira. É necessário cessar os ataques ofensivos á liberdade individual, de escolha religiosa, e também a liberdade de escolha de seu canal preferido, sem questionamentos de ordem religiosa, ou imposições, quaisquer que sejam.
A concorrência leal, pela qualidade dos produtos oferecidos e a conquista da preferência dos telespectadores, passam necessariamente pelo respeito às pessoas.
O que torna essa guerra sem sentido!
É preciso deixar o passado pra trás e caminhar adiante de olho no futuro, porque a concorrência é inevitável e só sobreviverão os que forem éticos e competentes.
Por: Aluísio Duran
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