"Se é verdade que quem segurar ganha mais, deixa o pote comigo", brincava Alessandra Maestrini, intérprete da carrancuda empregada Bozena.
No episódio Por Causa da Maionese, no ar na próxima terça, dia 21, a maior parte das cenas mostra a disputa entre os integrantes das duas famílias pela iguaria. Desde fazer carinho no pote até niná-lo, vale tudo para direcionar a atenção dos telespectadores para o nome do fabricante.
A estratégia é semelhante à usada no saudoso Os Normais. "Encontramos um jeito de fazer graça com essa história e o resultado é bem positivo", opina Miguel Falabella, autor e intérprete do malandro Mário Jorge.
No ano passado, ele chegou a cancelar uma gravação por achar que o texto não estava bom. "Foi uma crítica a mim. Quero ter o direito de chegar aqui, ver que não saiu como deveria e não gravar", responde, com certo desconforto.
Brincar, para toda a equipe, parece ser mesmo a melhor forma de afastar os fantasmas que rondam o programa nesta nova temporada. Já na reta final da primeira, em dezembro de 2007, Toma Lá dá Cá era forte candidato a deixar a grade da Globo.
No ano seguinte, o mesmo se repetiu. E, em 2009, a situação é pior: os rumores do fim do humorístico começaram antes mesmo do primeiro episódio ser exibido. "Fiz seis anos de Sai de Baixo ouvindo sempre que ia acabar. Por isso, não ouso afirmar nada sobre esses comentários", debocha Marisa Orth, intérprete da recalcada Rita.
A verdade é que assistir à gravação do programa é bem mais interessante do que encará-lo na TV nas noites de terça-feira. Em grande parte por conta da atuação da dupla Os Fulanos, que diverte a platéia durante os intervalos.
Além deles, os próprios comentários do elenco quando as câmaras estão desligadas rendem mais gargalhadas que as piadas das cenas. Como a bronca exagerada de Miguel Falabella, ao reclamar que as mulheres devem começar o programa com a mesma roupa com que terminam para evitar longas esperas.
E que virou graça na boca de Adriana Esteves, que encarna a ingênua Celinha, já pronta, durante um erro de gravação. "Já levei esporro aqui, preciso me concentrar", brinca, divertindo os colegas e os convidados.
Uma das novidades do programa não é motivo de tanta comemoração. Miguel Magno entra no elenco, interpretando Percy, uma psicóloga que trata os moradores do Jambalaya na beira da piscina. Mas a chegada do ator é uma forma de amenizar a falta de Ítalo Rossi, intérprete do personagem de mais sucesso do Toma Lá, Dá Cá, seu Ladyr, que decidiu deixar o programa.
"É estranho demais gravar sem o Ítalo. A despedida foi muito emocionante, cheia de cores e de alegria. Como ele merece", diz Fernanda Souza, que vive a aproveitadora Isadora. Até a platéia sente falta do ator, já que aproveita qualquer oportunidade para usar o bordão "é mara", lançado por ele. "Não vai ser a mesma coisa a partir de agora", lamenta um dos fãs, logicamente completando que o personagem "era mara". Miguel Magno sabe que será difícil substituir Ítalo Rossi. Assim como não é nada fácil agüentar um figurino feminino pela terceira vez na TV. O ator já encarnou a doce Dona Roma em A Lua me Disse e, em sua estreia na Globo, fez uma participação na extinta Armação Ilimitada com uma sátira à apresentadora Hebe Camargo. "A cabeça coça demais com essa peruca. Acho que, aos poucos, eu e a equipe que me transforma vamos encontrar a melhor forma de colocar esses 'apetrechos'", torce.
Um comentário:
estreia sem acento e plateia com?
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