A próxima novela das 18h da Globo, Paraíso, é um remake de Benedito Ruy Barbosa que volta à TV 27 anos após sua exibição. Mas as chamadas da trama lembram outra novela do mesmo autor, muito mais fresca na memória dos telespectadores: Pantanal, que o SBT reprisou há poucos meses e gerou uma batalha judicial de Benedito com a emissora. Na Globo, a nova Pantanal recupera o cenário do Brasil central, os personagens parecidos aos dos anos 90, só que mais ‘suave’, adequada ao horário das seis.Pontos cruciais na trama, como a vida dos peões, as comitivas, o diabo, o som do berrante, rodas de viola e os amores entre patrões e empregados na fazenda - todos estão ali. A duas semanas da estreia de Paraíso, Edmara Barbosa, a filha do autor que assina a adaptação, fez uma pausa forçada no HCor no carnaval, onde se internou para tratar de uma nevralgia. “Eu acompanhei a reexibição do SBT e me deixava levar pelas histórias. Até esqueci da briga, comecei a torcer para que a novela fosse mesmo até o fim, porque repercutiu muito bem”, conta a autora.Nas gravações, a autora já teve de sair em meio às atuações da beata Mariana (Cássia Kiss), esposa do fazendeiro Antero (Mauro Mendonça) e mãe da santinha Nathália Dill. E explica por que se emocionou: “Eu pensei no meu pai. O Antero é o meu pai”, revela. “Pantanal foi a novela mais autobiográfica que meu pai já fez. Edmara, que teve um grande susto quando Benedito sofreu um grave derrame cerebral e se afastou da dramaturgia. Hoje, a parceria e o autor passam muito bem. “Tudo o que eu escrevo, passo pra ele. Muitas vezes ele lê e se irrita: “Isso é meu ou seu?” e só sossega quando eu digo ‘É texto seu, Benedito, eu não mexi’.”
Até o logotipo da novela faz lembrar o logotipo de Pantanal.
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