25 fevereiro, 2009

Salgueiro conquista Carnaval do Rio de Janeiro


A Acadêmicos do Salgueiro é a grande campeã do Carnaval do Rio de Janeiro 2009. Na tarde desta quarta-feira, a escola da musa Viviane Araujo confirmou o favoritismo pelo bom desfile na Marquês de Sapucaí, com o samba-enredo Tambor, e acabou com o sonho do tricampeonato da Beija-Flor. A Império Serrano, por sua vez, foi rebaixada.
A competição foi acirrada desde o início. Logo nas primeiras notas, Salgueiro e Vila Isabel abriram vantagem para as concorrentes. Favorita, a agremiação salgueirense abriu três décimos, que no quarto quesito, harmonia, chegou a 0,1 ponto, mas fechou em 0,2.
No samba-enredo, a Vila Isabel obteve quatro notas ruins (9,9; 9,8; 9,6 e 9,8), que foram bastante comemoradas pela torcida do Salgueiro, a qual na contramão se exaltou com quatro notas 10 no sambódromo. A vantagem, então, foi ampliada para um ponto: 199,6 a 198,6.
Quem se deu bem também foi a Beija-Flor, que assumiu a segunda colocação. A escola do intérprete Neguinho, que se casou ainda na concentração do desfile da agremiação de Nilópolis, tentava o tricampeonato. Ao término da sexta categoria, conjunto, a escola estava a sete décimos da liderança.
No sétimo quesito, evolução, o Salgueiro ainda permanecia no topo da apuração, o que mantinha a festa dos torcedores na quadra da escola. Oito décimos separavam-na da Beija-Flor. Na terceira nota do quesito bateria, um 9,8 do Salgueiro ainda animou os foliões de Nilópolis, mas foi em vão. Mestre-sala e porta-bandeira confirmou a vitória salgueirense.


Comemoração

Após o anúncio da vitória, Regina Duran, presidente do Salgueiro, levou um banho de cerveja dos colegas da agremiação. Ela, que assumiu o posto em maio de 2008 com mais de 500 votos, ressaltou a importância da comunidade, afirmando que a agremiação é uma "família".
O intérprete do samba, Quinho, se juntou aos amigos Eri Johnson e Paulo Vilhena - que são presença constante na quadra do Salgueiro - para fazer o grito de guerra da escola.

Enredo sobre o tambor

Quatro mil e 100 componentes, em 34 alas e sete carros alegóricos ajudaram a escola vermelha e branca na última segunda-feira a contar o enredo do carnavalesco Renato Lage, sobre a história de um instrumento musical, por meio de som, dança, festa e, principalmente, o folclore e a popularidade da música.
Na letra Tambor, dos autores Moisés Santiago, Paulo Shell, Leandro Costa e Tatiana Leite, contou-se a criação do instrumento. Da Pré-História, a partir da utilização de troncos de árvores e peles, construíram-se diversos formatos de tambor, como "repique, tamborim, surdo, caixa e pandeiro" da "furiosa bateria" do Salgueiro.
Viviane Araujo, rainha de bateria, foi o principal nome da escola. A musa, que já havia desfilado pela Mancha Verde no Carnaval de São Paulo, na sexta-feira, contagiou os ritmistas, com coreografia e tamborim. Depois da vitória desta quarta-feira, ela caiu no choro: "estou muito emocionada. A gente mereceu".
Outra estrela a sambar no chão foi a modelo Ângela Bismarchi, famosa por suas 14 cirurgias plásticas. Dessa vez, além de ter ampliado de 400 ml para 500 ml a prótese de silicone no seio, ela sambou "virgem" na Sapucaí: recentemente, Bismarchi se submeteu a uma cirurgia de reconstrução do hímen.

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